Fortaleza

O estandarte do sabre

Ponta de faca,
Ponta de luz.
No fio da espada
Do gume que reluz.

A sorte dos povos
Definida na lâmina mais afiada.
O lado dos corpos
Medido pela maior cilada.

Mas o meu brasão não é sempre o mais forte?

O que inspira mais medo,
Mais calafrios,
Que se espalha sem segredo
Pela dinastia dos arrepios.

Não deixa de ser uma meia verdade real,
Mas também não desmente a sua falsidade parcial.

Pois, afinal,
Qual é a diferença?

Talvez somente as próprias condições,
Mas sempre para as mesmas defesas,
A luta pelas mesmas paixões,
As muralhas das mesmas fortalezas.

No entanto, o meu continua a ser o mais original:
Com o brasão mais distinto e a espada mais letal.
O que alcançou a casta mais elevada
Para colocar qualquer batalhão em retirada.
Mesmo que este, eventualmente, seja o meu…